CASOS CLÍNICOS
Abaixo pode consultar uma referência de patologias por nós já abordada. Algumas estão ilustradas com casos clínicos, mas para todas elas seria possível documentar uma história de sucesso decorrente da nossa experiência.
A maior parte dos casos clínicos que recorrem a este serviço são situações, para as quais os tratamentos anteriormente efectuados não ofereceram resultados satisfatórios na medicina convenional.
O nosso sucesso com estes animais reflecte-se principalmente na resolução e/ou controlo destas situações e na qualidade de vida adquirida, quer se trate de situações agudas ou crónicas, envolvendo qualquer sistema orgânico.
Para além destes casos, recebemos urgências desde traumatologia ou outras, emergências diversas, problemas de controlo de peso (obesidade), comportamento, animais geriátricos para os quais os seus donos querem
melhorar a qualidade de vida, realizamos planos de saúde natural personalizados para animais jovens, adultos e séniores sem patologias evidentes e construimos planos nutricionais adequados para cada animal.
Na saúde há sempre algo mais que se pode fazer, um contributo a dar para melhorar a qualidade de vida nos nossos pacientes e dos seus donos, criando e fomentando biótipos de cura humano-animal.
Abcesso dentário (dente carniceiro) - Odontologia
Janeiro 2009
O Abcesso do Dente Carniceiro pode ocorrer quando, na(s) raiz(es) do dente, se forma uma colecção de líquido purulento (pus) ou puro-sanguinolento (pus e sangue). Esta acumulação inicial evolui e dá origem um inchaço na face, que se estende em geral desde a região infra-orbitária (por baixo do olho e da pálpebra inferior) até ao interior da boca, onde pode ser observado na gengiva por cima do dente afectado. Pode também ocorrer a formação de uma fístula (abertura) e a drenagem natural do conteúdo. Uma vez que pode ser facilmente confundido com outras situações (ex: picada de insecto, tumores) é muito importante obter um diagnóstico diferencial correcto, através da história clínica, exame físico e realização de raio x.
As causas para a sua formação podem ser muito variadas desde trauma, fractura do dente ou presença de placa periodontal. O tratamento convencional consiste na extracção do dente e drenagem do abcesso da raiz ou outros procedimentos com técnicas mais elaboradas de endodontia como o "root canal" que envolve igualmente a extracção de parte do dente. Cobertura analgésica e antibiótica é geralmente recomendada.
O Nosso Caso - Canídeo, sexo feminino, esterilizada, Westy, idade 12 anos.
Este caso clínico foi resolvido sem extracção dentária, nem antibiótico ou anti-inflamatórios.
Dois dias antes da nossa consulta foi observado um pequeno inchaço na face, abaixo do olho esquerdo, que veio a aumentar progressivamente. Após 48h, no momento da consulta, o inchaço ocluia o olho quase na totalidade (Figura 1). Observou-se também a presença de uma pequena bolsa por cima da gengiva do dente afectado e presença discreta de placa periodontal (tártaro) sem sinais de gengivite associados. Foi recomendada a realização de raio x da face para diagnóstico diferencial (Figura 2) e iniciada terapêutica local e sistémica com homeoterapia -Figura 2 biopunctura com medicamentos homeopáticos.Figura 3
Após 24h o abcesso dentário desenvolveu uma fístula infra-orbitária e drenou naturalmente o conteúdo. Foi continuada
a terapêutica homeopática por via oral e após quatro dias a face estava normal como se pode observar na figura 3.
Para evitar a formação de novo abcesso dentário iniciou um protocolo do nosso programa de "Limpeza de Dentes sem Anestesia" com a finalidade de evitar a acumulação de placa periodontal ao nível dos dentes e promover a saúde das gengivas.
Figura 1
Doença Periodontal (placa/tártaro) - Odontologia
Janeiro/Fevereiro 2009
A doença periodontal é cada vez mais comum entre os carnívoros como o cão e o gato. É uma patologia que acomete o dente e a gengiva e pode, devido à libertação de bactérias específicas presentes na placa dentária, afectar outros órgãos como o coração, e dar origem a insuficiência das válvulas com consequente insuficiência cardíaca, ou infecção da raiz do dente, levando à formação de um abcesso.
Os principais factores responsáveis pela formação da placa periodontal nos carnívoros domésticos são os alimentos e a alimentação. Alguns aspectos da saúde geral do animal, particularmente a saúde intestinal, são igualmente importantes.
Ao contrário do que se possa pensar, a ração não contribui para a boa saúde oral nem para a prevenção da placa periodontal. A presença de uma quantidade significativa de hidratos de carbono na sua constituição, proveniente de cereais como o arroz, trigo, milho, etc, é um factor que em muito contribui para o seu aparecimento e desenvolvimento.
Desta forma, a opção por uma alimentação baseada em alimentos frescos e naturais, correctamente formulada em quantidade e variedade alimentar é o primeiro passo para uma boca e dentição saudáveis.
Para mais informação pode consultar o artigo "Higiene Oral na Perspectiva da Veterinária Holística".
O Nosso Caso - Canídeo, sexo masculino, inteiro, x Pastor Alemão, 8 anos.
Desde há alguns anos tem vindo a desenvolver acumulação de placa periodontal com gengivite associada. Para além de um hálito intenso e marcado, não apresentava evidência de complicações associadas à presença da placa dentária.
Após realização de consulta diagnóstica para avaliação da saúde geral e extensão do problema, foi definido qual o melhor protocolo holístico na abordagem deste caso específico.
As nossas recomendações para este caso basearam-se apenas numa abordagem nutricional e dietética específica para este animal, segundo os nossos protocolos holísticos.
Não foi recomendado o uso de nenhum medicamento ou produto de higiene oral, nem de acções locais como escovagem. O animal não foi submetido a nenhuma anestesia, sedação ou tranquilização.
Os resultados foram avaliados ao fim de um mês e podem ser vistos nas figuras abaixo. Os dentes molares e carniceiro ficaram completamente limpos e o dente canino reduziu a quantidade de placa para cerca de metade nesta primeira fase. O tratamento prossegue até que todos os dentes se encontrem limpos.
Fig. 1 - Aspecto geral antes do tratamento Fig. 1a - Aspecto geral após 1 mês
Fig. 2 - Aspecto inicial do dente carniceiro Fig. 2a - Aspecto do carniceiro após 1 mês
NOTA: Em casos mais avançados de doença periodontal pode ser necessário o recurso a alguns produtos homeopáticos específicos ou outras técnicas como a acupunctura para conseguirmos os melhores resultados.
A nossa abordagem NÃO envolve o uso de anestesia, sedação ou tranquilização do animal. Os resultados são progressivos e devem de ser acompanhados com uma regularidade mensal na primeira fase do tratamento.
Higroma do cotovelo - Aparelho Musculo-Esqueletico
Outubro 2006
O higroma consiste numa bolsa cheia de líquido seroso que ocorre geralmente na região do cotovelo, sobre a face lateral da articulação. Surge na sequência de traumas sucessivos desta região do corpo contra superfícies duras em animais jovens com a pele sensível, ou em animais adultos quando é exercida pressão excessiva sobre esta articulação. O tratamento consiste em eliminar a causa que provoca a formação e acumulação do líquido. Apenas em último caso, quando ocorre infecção ou formação de cápsula fibrosa, é recomendada a drenagem e a cirurgia, complementada com a administração da antibioterapia mais adequada. As dificuldades pós-cirúrgicas e as recidivas frequentes fazem do higroma uma situação crónica de difícil resolução. Fig. A
O Nosso Caso - Canídeo, sexo masculino, castrado, raça indeterminada, idade estimada de 10-12 anos, 38kg.
Higroma no membro anterior direito, sobre o cotovelo, com aumento das dimensões durante um mês, seguido de ulceração (ferida) com saída de líquido purulento (pús) e formação de cápsula fibrosa. Foi a consulta de medicina convencional onde foi aplicada uma ligadura de protecção e receitado antibiótico durante 15 dias.
Após um mês o problema mantinha-se e recorreram ao nosso serviço. Estavam a aplicar diariamente um gel anti-inflamatório no local e o higroma apresentava o aspecto da Figura A, onde se evidência uma zona de ulceração sobre a face interna do membro anterior direito, com drenagem (saída) contínua de líquido sero-hemorrágico.
Após a avaliação clínica do animal foi suspensa a administração do gel anti-inflamatório e durante o diaFig. B começou a usar uma cotoveleira de protecção almofadada. Optou-se por uma abordagem terapêutica de
acupunctura e homeopatia com sessões semanais.
Após 8 semanas, no final do tratamento, as dimensões iniciais do higroma (ver Figura B) reduziram completamente (ver Figura C) e verificou-se também o encerramento da zona de ulceração. Dois meses após a última sessão o animal foi reavaliado e verificou-se a resolução completa da situação.
Fig. C
Osteoartrose "Displasia da anca" - Aparelho Musculo-Esqueletico
Agosto 2006
O termo osteoartrose refere-se à doença articular degenerativa não-inflamatória e não-infecciosa. Pode ser primária ou secundária. A forma secundária é a mais comum e surge como resposta à presença de outra doença inicial (exs: fracturas, ruptura do ligamento cruzado do joelho ou displasia da anca). O sinal clínico mais importante é a claudicação (coxear) mas também se observa diminuição na amplitude dos movimentos, dor à palpação e alterações radiográficas características. A osteoartrose é uma doença progressiva, debilitante e para o tratamento é importante identificar a doença primária que lhe deu origem e tratá-la. De um modo geral o controlo do peso e dos níveis de actividade física são aspectos importantes do tratamento.
O Nosso Caso - Canídeo, sexo feminino, esterilizada, raça Golden Retriever, idade 12 anos, 30kg.
Diagnóstico anterior de osteoartrose da articulação coxo-femoral, secundária a displasia da anca. Figura A.
Fazia controlo de peso com ração comercial de gama alta e também protectores articulares.
Os episódios dolorosos frequentes eram controlados com medicamentos antiinflamatórios não esteróides (AINES).
Recorreu à nossa consulta na sequência de episódio doloroso incapacitante que não melhorava com a administração de anti-inflamatórios.
Após o diagnóstico energético foi elaborado um protocolo terapêutico baseado em acupunctura, homeopatia e fisioterapia, com sessões inicialmente bi-semanais passando depois a semanais.
Foi dado aconselhamento sobre o grau e tipo de actividade física permitidos. Para além disso manteve-se a dieta para controlo do peso e a administração de condroprotectores via oral.
Os resultados foram visíveis logo após a primeira semana de tratamento e após 4 semanas a rigidez articular estava diminuída, a amplitude de movimentos aumentada e a dor associada estava controlada, podendo o animal fazer a sua rotina diária normal com conforto e qualidade de vida
Fig. A
Síndrome Vestibular Geriático - Neurologia
Dezembro 2005
A Síndrome Vestibular Geriátrica Periférica (SVGP) é uma patologia que afecta cães com idade média de 12,5 anos e pensa-se que está relacionada com a inflamação/degenerescência do nervo craneano vestibular (NC VIII) que liga o ouvido interno ao cerebelo. Surge de forma súbita e uma vez que estes orgãos são responsáveis pelo equilíbrio e pela orientação espacial do animal, os sintomas mais frequentes são desvio da cabeça, dificuldade em manter o equilíbrio (ataxia), quedas, movimentos rítmicos do globo ocular (nistagmos) e também náuseas, vómitos e falta de apetite (anorexia).
A fase aguda da patologia pode ter a duração mínima de 2 dias até cerca de 2 a 3 semanas. Na maioria dos animais, durante estas semanas, a recuperação ocorre progressivamente até um limite determinado, podendo permanecer sequelas crónicas como tremores ou desvio da cabeça. A terapêutica em medicina convencional consiste em cuidados de suporte de vida. As recidivas são muito frequentes podendo surgir um novo episódio logo ao fim de poucas semanas após o episódio inicial.
O Nosso Caso - Canídeo, sexo masculino, castrado, raça indeterminada, idade estimada de 10-12 anos, 38kg.
Episódio súbito de desvio da cabeça, ataxia, quedas, náuseas e vómitos. Após efectuado o diagnóstico de Síndrome Vestibular Geriátrica Periférica em clínica convencional, foi medicado para o controlo dos vómitos e administrado soro endovenoso por 48h e antibiótico durante cerca de 15 dias. Após 15 dias de tratamento a recuperação foi mínima.
Quando recorreram à nossa consulta o animal apresentava desvio acentuado da cabeça, ataxia com desequilíbrio na marcha a direito e em plano horizontal, quedas esporádicas, náusea e vómito. Estado geral debilitado.
Foi realizado um diagnóstico energético do animal que revelou desequilíbrios compatíveis com a patologia manifestada. A Síndrome Vestibular Geriátrica Periférica é interpretada em Medicina Tradicional Chinesa como uma patologia de Vento e está relacionada com desequilíbrios energéticos ao nível dos orgãos Baço, Rim e Fígado.
No protocolo terapêutico escolhido foi efectuada acupunctura com punctura simples dos pontos seleccionados, durante cerca de 20 minutos, com a frequência de uma vez por semana, durante 8 semanas.
Após a primeira sessão os resultados foram visíveis apresentando o animal melhoria do estado geral, diminuição do grau de inclinação da cabeça, equilíbrio durante a marcha a direito e em plano horizontal, ausência de quedas, de náuseas e vómitos. Até ao final das sessões todos os sintomas desapareceram. Após um ano continuava estável, sem ocorrência de novo episódio, apresentando apenas, por vezes, um ligeiro desvio da cabeça transitório quando submetido a situações de stress ou ansiedade.
Paralisia dos membros posteriores - Neurologia
Maio 2007
A paralisia dos membros posteriores ocorre quando a condução dos impulsos neurológicos e da informação ao nível da medula espinal não de realiza de uma forma normal ao longo da coluna vertebral. Essa condução dos impulsos pode estar aumentada, diminuída ou ausente e dar origem a diferentes formas de paralisia. As estruturas e partes do corpo afectadas também dependem do local da medula onde se encontra a lesão. Os tipos de lesão variam, podendo estes ser por secção total ou parcial da medula por traumatismo; por compressão por protrusão do disco (hérnia discal), pela presença de massas ou tumores no local ou por um processo inflamatório agudo local; por processos vasculares que levam à formação de êmbolos ou trombos no local e por doenças degenerativas do sistema nervoso central (SNC).
O Nosso Caso - Canídeo, sexo feminino, raça x caniche, idade estimada de 10 anos, 16kg.
Episódio progressivo de perda de sensibilidade, propriocepção e actividade motora de ambos os membros posteriores com consequente paralisia e diminuição da mobilidade. Para se deslocar arrastava os membros posteriores pelo chão. Estava a fazer diariamente medicamentos anti-inflamatórios com prednisolona (corticóide). A situação prolongava-se por mais de 6 meses.
Quando recorreram à nossa consulta o animal arrastava os membros posteriores para se deslocar e a sensibilidade e propriocepção estavam ausentes nos membros posteriores. Não conseguia sustentar o seu peso para se manter de pé. O estado geral era bom.
Foi realizado o diagnóstico energético e elaborado um protocolo com acupunctura, homeopatia e fisioterapia. Em algumas sessões recorreu-se à electroacupunctura.
Após 4 semanas de tratamento o animal já fazia tentativas para se colocar de pé e andar, e ao fim de 16 semanas voltou a andar normalmente. A evolução ao longo do tratamento foi registada e pode ser vista no vídeo abaixo ou integrada na Reportagem do Programa "Consigo" da RTP 2.
Observações: Nos casos de paralisia, a brevidade com que se iniciam os tratamentos após o diagnóstico e a idade do animal são factores importantes no sucesso da sua recuperação. Este caso chegou já numa fase bastante tardia após o diagnóstico e sendo um animal com alguma idade, fez com que a recuperação deste caso tenha demorado 16 semanas, mas mesmo assim conseguimos resultados muito positivos, tendo o animal recuperado todas as funções perdidas e ao final de 18 meses continua estável sem mais tratamentos.
Síndrome de Wobbler - Neurologia
Novembro 2008
O Síndrome de Wobbler, também conhecido por Espondilomielopatia Cervical Caudal ou Espondilopatia Cervical Caudal é uma patologia das vértebras cervicais caudais e dos discos intervertebrais, que causa compressão da medula espinal.
O Síndrome de Wobbler é relativamente comum em raças como o Doberman Pincher e o Grand Danois. Da nossa experiência clínica, as raças que mais vemos acometidas e tratamos em Portugal são o Dálmata, o Doberman Pincher e o Mastim Napolitano, mas qualquer animal pode sofrer da doença.
Esta patologia pode ser classificada em 5 grupos, de acordo com o processo patofisiológico que lhe dá origem, tendo quase sempre uma componente congénita - em animais jovens - ou degenerativa - em animais de idade adulta. É muito importante, para o sucesso do tratamento, que seja detectado e diagnosticado precocemente. Os sinais observados são em geral progressivos, debilitantes, havendo muitas vezes dor associada. Pode levar à tetraplegia/tetraparésia do animal ou mesmo à sua imobilidade total e sem controlo dos esfíncteres (urina e fezes).
O Nosso Caso - Canídeo, sexo masculino, raça Doberman Pincher, idade 10 anos, aprox 30kg.
Episódio progressivo com vários meses de duração, que apresentava diminuição da sensibilidade, propriocepção e actividade motora de ambos os membros posteriores com diminuição da mobilidade - subia lentamente as escadas -, perda de força e de equilíbrio - dificuldade em urinar sem cair -, claudicação - "coxeava" de vez em quando -, diminuição da amplitude dos movimentos - dor e dificuldade ao dobrar o pescoço para comer ou beber água. No dia 2 de Novembro de 2008, depois do passeio diário, caiu e já não se conseguiu levantar, perdendo também o controlo das fezes e da urina. Fez consulta de neurologia para diagnóstico e medicação anti-inflamatória e analgésica durante uma semana, sem resultados evidentes.
Quando recorreram à nossa consulta o animal apresentava tetraparésia (sem força nos membros, estava sempre deitado de lado), dores fortes no pescoço apesar da medicação analgésica recomendada, não se conseguia pôr de pé nem sentar e não controlava totalmente as fezes nem a urina.
Foi realizado o diagnóstico energético e elaborado um protocolo terapêutico com técnicas de acupunctura, homeopatia e fisioterapia. Em algumas sessões recorreu-se à electroacupunctura.
Foi de imediato retirada toda a medicação anti-inflamatória e analgésica convencional e ficou com medicação homeopática em S.O.S para controlo da dor cervical (pescoço) em caso de necessidade.
Ao fim de três (3) sessões de tratamento (acupunctura e homeopatia) o animal estava a andar.
NOTA: O Síndrome de Wobbler é uma patologia progressiva e debilitante que pode levar à incapacidade completa do animal. Se o seu cão pertence a alguma das raças acima mencionadas e/ou apresenta algum(ns) do(s) seguinte(s) sinal(is), pondere realizar uma consulta de neurologia: dor e/ou dificuldade em movimentar o pescoço, andar trôpego e cambaleante em especial nos membros posteriores, "coxear" e/ou perda de força intermitente ou constante em um ou mais membros, estar frequentemente com o pescoço "encolhido" ou assumir uma postura tensa e retraída, perda de força nos membros ao urinar ou defecar.
Dermatofitose (fungos) - Dermatologia
Julho 2006
A dermatofitose é uma patologia da pele provocada por fungos. Os principais agentes responsáveis são o Microsporum canis, o Trichophyton mentagrophytes e o Microsporum gypseum. O aspecto circular das zonas de alopécia (zonas sem pelo) é característico e sinais como descamação, eritema (vermelhidão), hiperpigmentação e prurido são variáveis. Doenças ou medicamentos que provoquem imunossupressão (diminuição da imunidade) constituem factores de risco para o aparecimento dos sinais clínicos da doença. Perante os potenciais efeitos secundários de alguns medicamentos, que incidem particularmente sobre o fígado, recomenda-se o controlo regular de alguns parâmetros sanguíneos.
O Nosso Caso - Canídeo, sexo feminino, esterilizada, raça Malamute do Alasca, idade indeterminada (>8 anos), 35kg.
Apresentava lesões eritematosas circulares, de aspecto característico, que haviam sido diagnosticadas à cerca de 2 anos como dermatofitose. As manifestações clínicas eram cíclicas e constantes ao longo do ano. A proprietária aplicava uma loção com base de gel de aloé vera e óleos essenciais, com a qual controlava os episódios agudos.
Efectuado o diagnóstico do animal, foi instituído um protocolo de tratamento com homeopatia e suplementação alimentar com nutrientes e oligoelementos essenciais.
Após 4 semanas de tratamento a frequência dos episódios agudos diminuiu e as lesões desapareceram, estando a manifestação clínica da patologia controlada. O pelo ficou mais brilhante e espesso. Desde então, manteve-se a suplementação nutricional e não se verificaram novos episódios.
INDICAÇÕES CLÍNICAS
APARELHO MUSCULO-ESQUELÉTICO (OSTEO-MUSCULO-ARTICULAR)
Artrite
Displasia da anca
Displasia do cotovelo
Higroma do cotovelo
Instabilidade atalanto-axial
Osteoartrite
Osteoartrose
Claudicação (coxear)
Dor aguda e crónica associada a problemas locomotores (osteo-musculo-articular)
Dor cervical crónica
Dor lombar crónica
Tremores
APARELHO RESPIRATÓRIO
Asma
Bronquite aguda e crónica
Descargas nasais
Dispneia
Epistaxis
Pneumonia
Bronco-Pneumonia
Tosse do Canil
Tosse seca ou produtiva (expectoração)
Pleuresite
Edema pulmonar
DERMATOLOGIA (PELE E ANEXOS)
Acne
Actinomicose (granulos sulfurosos)
Alergia
Alopecia
Atopia
Dermatoses nasais
Impactação dos sacos anais
Seborreia seca e húmida
Prurido
Demodecicose e outros ácaros
Dermatite por Alergia à Picada da Pulga (DAPP)
Dermatite miliar
Dermatoses (erosiva; esfoliativa; papulonodular; vesiculosa)
Dermatofitose (infeção da pele por fungos)
Eczemas gerais e de contato
Descamação geral ou localizada
Alopecia, queda e quebra de pelo
Hiperpigmentação e Liquenificação da pele
Nódulos dérmicos
Neoformações e tumores
Onicomicose (infeção da unha por fungos)
Rolling Skin
Unhas e leito ungueal (cuidados a ter)
APARELHO CARDÍACO
Arritmias
Ascite
Bloqueios atrioventriculares
Bradicardia/ Taquicardia
Cardiomopatia dilatada/ hipertrofica/ restritiva
Defeitos cardíacos congénitos
Dirofilariose
Edema periférico
Edema pulmonar
Endocardite bacteriana
Hipertensão/ Hipotensão
Insuficiência cardíaca congestiva (direita/ esquerda/ global)
Insuficiência valvular (Displasia/ Endocardiose/ Estenose)
Pericardite
Síncope
Sopro cardíaco
Tromboembolismo femural e aórtico
DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS
Actinomicose
Aspergilose
Babesiose (Febre da carraça)
Esgana
Ehrlichiose, Ricketsiose
Leishmaniose
Parvovirose
Doenças parasitárias intestinais (parasitas intestinais)
Demodecicose e Sarcoptose (Sarna)
Dermatofitose (Fungos)
DOENÇAS METABÓLICAS E ELECTROLÍTICAS
Anorexia
Caquexia e fraca condição corporal (perda de peso)
Convulsões (por desequilíbrio metabólico ou electrolítico)
Dificuldade em ganho/ perda de peso
Obesidade
Polifagia (excesso de apetite)
Poliuria (urinar em excesso)/ Polidipsia (ingerir água em excesso)
ENDOCRINOLOGIA
Hipertiroidismo
Hipotiroidismo
Síndrome de Cushing (Hiperadrenocorticismo)
Doença de Adisson (Hipoadrenocorticismo)
ADH (Diabetes Insípida)
Diabetes
ESTOMATOLOGIA E ODONTOLOGIA
Abcesso do dente carniceiro
Estomatite
Gengivite
Periodontite (Tartaro e inflamação das gengivas)
ETOLOGIA, COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR ANIMAL
Agressividade
Ansiedade de separação
Coprofagia (Ingestão das proprias fezes ou de terceiros)
Medos e Fobias
Pica (Ingestão de matérias e produtos não alimentares)
Hábitos de eliminção alterados em cães e gatos
Terapêutica de bem-estar,acompanhamento e orientação sobre maneio e cuidados a ter em pacientes terminais (eutanásia passiva)
FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO FÍSICA
Pos-operatório de fraturas
GASTROENTEROLOGIA
Ascite
Disfagia (dificuldade em engolir)
Disquesia (dificuldade em defecar)
Enterite (diarreia) aguda e crónica
Enterite (diarreia) hemorrágica
Enterite (diarreia) parasitária
Esofagite
Flatulência (gases intestinais)
Hematemese (Vómito com sangue)
Hematoquezia (sangue vivo nas fezes)
Megaesofago
Vómitos agudos/ crónicos; esporádico/incoersível
Gastrite aguda e crónica
Melena (sangue escuro nas fezes)
Polipos e tumores gástricos e intestinais
Torção de estômago (profilaxia e pos-cirúrgico)
Colite aguda
Obstipação
Polipos intestinais
Ptialismo (excesso de produção de saliva)/ Pseudoptialismo (saliva que se acumula em excesso na boca)
Regurgitação
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E NEONATOLOGIA
Aborto/ Aborto espontâneo
Descarga vaginal
Distócia
Infertilidade masculina e feminina
Piómetra
Alterações comportamentais (em machos e femeas) associadas ao cio
Sarcoma de sticker
HEMATOLOGIA, IMUNOLOGIA E SISTEMAS CIRCULATÓRIO E LINFÁTICO
Abcessos (qualquer localização)
Alterações da coagulação sanguínea
Anemia regenerativa e não regenerativa (várias causas)
Bacteremia
Controlo da inflamação aguda e crónica
Equimose
Esplenomegalia (aumento do volume do baço)
Febre e reações febris
Linfadenopatia (aumento dos ganglios)
Modulação da resposta imunitÁria
Petequias
Sepsis
HEPATOLOGIA
Alterações enzimáticas funcionais do Fígado
Hepatite aguda
Hepatite crónica
Hepatomegalia
Cirrose
Icterícia/ Icterícia obstrutiva
Colangite
Colangiohepatite
Litíase vesical (cálculos biliares)
NEFROLOGIA E APARELHO UROGENITAL
Amiloidose
Cistite (infeção urinaria)
Cristaluria e Cilindruria
Disuria (dor ao urinar)
Hematuria (sangue na urina)
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal Crónica
Litiase vesical (cálculos urinários)
Obstrução do trato urinário
Oligúria (produÇão reduzida de urina)
Piúria
Prostatite
Prostatomegalia
Retenção funcional de urina
Adenoma Benigno da Prostata
Anuria (ausência de produção de urina)
Polaquiuria (aumento da frequência de pequenas quantidade de urina)
NEUROLOGIA
Ataxia
Doença Vestibular (Head Tilt)
Incontinência fecal
Incontinência urinária
Paresia/ Tetraparesia
Paralisia - VER CASO CLÍNICO
Síndrome de Horner
Síndrome Vestibular Geriá trico Periférico (SVGP)
Síndrome de Wobbler
Status Epilepticus
Status Minor (Clusters)
OFTALMOLOGIA
Anisocoria
Blefarite
Doenças do globo ocular (órbita)
Exoftalmia
Enoftalmia
Estrabimo
Epífora
Obstrução do canal lacrimal
Protrusão da terceira pálpebra
Úlcera da córnea
Uveíte anterior
ONCOLOGIA
Adenocarcinoma (várias localizações)
Carcinoma/carcinosarcoma (tumor mamário)
Mastocitoma
Astrocitoma (tumor cerebral)
Linfoma intestinal
Linfoma multissistemico
Hemangiosarcoma (tumor do Baço)
Hepatoma (tumor do Fígado)
Osteossarcoma (tumor ósseo)
OTORRINOLARINGOLOGIA
Rinite
Infeções respiratórias superiores
Sialoadenite
Surdez
TOXICOLOGIA
Envenenamento por arsénico
Envenenamento por dicumarínicos (raticida)
Envenenamento por organofosforados (herbicida)
Envenenamento por etilenoglicol (líquido refrigerante dos carros)
Envenenamento acidental por ingestão de medicamentos ou outras substâncias tóxicas
Envenenamento por ingestão de plantas tóxicas (fitotoxinas)
Intoxicação por acetaminofeno (por ingestão não prescrita de anti-inflamatórios)
Intoxicação por aspirina
Intoxicação por aflotoxinas (toxinas de fungos do bolor)
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